A abelha.

Ele esqueceu-se de tudo. Tudo. Vazio. Isso mesmo. Vazio resume a cabeça dele. Não se lembra de nomes, citações que leu, teorias sobre o que leu. Nada. Os nomes cultos, que outrora memorizava sem o saber, fizeram, quase em protesto, um pacto e sumiram-se ao mesmo tempo da memória. Coitado. Ele está nu. Despido. Ele já não se idolatra. Crê em nada. Somente sente. Pensa com a emoção. Sim. Emociona-se pelo pensamento. O culto acabou. Ele sente-se despido. E uma abelha acabou de morrer ao lado dele.

Sem comentários:

Enviar um comentário